Disciplinas

O Programa de Pós-Graduação em Teoria Literária da UNIANDRADE, com apenas uma área de concentração, também denominada Teoria Literária, oferece 20 disciplinas, relacionadas às linhas de pesquisa – Poéticas do Contemporâneo, Políticas da Subjetividade, Literatura e Intermidialidade e Escrita Criativa.

Todas as disciplinas têm 60 h/a e equivalem a 6 créditos cada. Não há disciplinas obrigatórias.

 

  1. 4001_TEORIA E ESTUDOS LITERÁRIOS
  2. 4002_ABORDAGENS CRÍTICAS DA NARRATIVA
  3. 4003_METODOLOGIA DA PESQUISA ACADÊMICA
  4. 4004_CRÍTICA CULTURAL
  5. 4005_PASSAGENS DA MODERNIDADE
  6. 4006_POÉTICAS DA MODERNIDADE
  7. 4007_POÉTICAS E POLÍTICAS AFRO-AMERICANAS
  8. 4008_IMAGEM E LITERATURA
  9. 4009_LINGUAGENS DA ALTERIDADE
  10. 4010_ESTUDOS DE GÊNERO
  11. 4011_ESTUDOS DE INTERMIDIALIDADE
  12. 4012_LITERATURA E TECNOLOGIA DIGITAL
  13. 4013_ESCRITA DE SI – AUTOFICÇÃO
  14. 4014_ESCRITA CRIATIVA I
  15. 4015_ESCRITA CRIATIVA II
  16. 4016_TÓPICOS DE LEITURA I
  17. 4017_TÓPICOS DE LEITURA II
  18. 4018_TÓPICOS DE LEITURA III
  19. 4019_ESTUDO INDEPENDENTE I
  20. 4020_ESTUDO INDEPENDENTE II

 

EMENTAS E BIBLIOGRAFIAS DAS DISCIPLINAS

 

4001_TEORIA E ESTUDOS LITERÁRIOS

Ementa: Estudos do fenômeno literário em diversas áreas do conhecimento, tais como filosofia, história, antropologia, cinema, linguística, entre outras. Focalizam-se especificidades estéticas da literatura, relacionadas não somente com elementos constitutivos do texto, como também com aspectos do contexto histórico-social em que é produzida. Assim, a arte, sobretudo a literatura, é motivo para reflexões, com ênfase na produção contemporânea.

Bibliografia:

BARTHES, Roland. Crítica e verdade. Tradução de Leyla Perrone-Moisés. São Paulo: Perspectiva, 1970.

BERGSON, Henri. Matéria e vida: textos escolhidos. Tradução de Cláudia Berliner. São Paulo: WMF Martins Fontes, 2011.

BLANCHOT. Maurice. O espaço literário. Tradução de Álvaro Cabral. Rio de Janeiro: Rocco, 2011.

CAILLOIS, Roger. O homem e o sagrado. Tradução de Geminiano Cascais Franco. Lisboa: Edições 70, 1988.

CANDIDO, Antonio. Literatura e sociedade. São Paulo: Editora Nacional, 1967.

DELEUZE, Gilles. Diferença e repetição. Tradução de Luiz Orlandi e Roberto Machado. São Paulo: Graal, 1988.

DUMÉZIL, Georges. Do mito ao romance. Tradução de Álvaro Cabral. São Paulo: Martins Fontes, 1992.

ECO. Umberto. A definição da arte. Tradução de Eliana Aguiar. 1. ed. Rio de Janeiro: Record, 2016.

ELIADE, Mircea. O sagrado e o profano. Tradução de Rogério Fernandes. São Paulo: Martins Fontes, 1992.

FOUCAULT, Michel. Estética: literatura e pintura, música e cinema. Tradução de Inês Autran Dourado Barbosa. 3. ed. Rio de Janeiro: Forense Universitária, 2013.

HEGEL, G. W. F. Curso de estética: o belo na arte. Tradução de Orlando Ribeiro e Álvaro Vitorino. 2. ed. São Paulo: WMF Martins Fontes, 2009.

INGARDEN, Roman. A obra de arte literária. Tradução de Albin E. Beau, Maria da Conceição Puga e João F. Barrento. 3. ed. Lisboa: Fundação Celeste Gulbenkian, 1965.

ISER, Wolfgang. O ato da leitura: uma teoria do efeito estético. Tradução de Johannes Kretschmer. São Paulo: Editora 34, 1996.

JAUSS, Hans Robert. A história da literatura como provocação à teoria literária. Tradução de Sérgio Tellaroli. São Paulo: Ática, 1994.

LIMA, Luiz Costa. O controle do imaginário: razão e imaginação nos tempos modernos. Rio de Janeiro: Forense Universitária, 1989.

______. Sociedade e discurso ficcional. Rio de Janeiro: Guanabara, 1986.

LIPOVETSKY, Gilles; SERROY, Jean. A estetização do mundo: viver na era do capitalismo artista. Tradução de Eduardo Brandão. 1. ed. São Paulo: Companhia das Letras, 2015.

NASCIMENTO, Evando. Derrida e a literatura: “notas” de literatura e filosofia nos textos da desconstrução. 3. ed. Rio de Janeiro: É Realizações, 2015.

ROCHA, João Cezar de Castro (Org.). Teoria da ficção: indagações à obra de Wolfgang Iser. VII Colóquio Uerj. Rio de Janeiro: Editora Uerj, 1999.

SANT’ANNA, Afonso Romano de. Análise estrutural de romances brasileiros. 1. ed. São Paulo: Editora Unesp, 2012.

4002_ABORDAGENS CRÍTICAS DA NARRATIVA

Ementa: Reflexões sobre as formulações teóricas e manifestações críticas suscitadas pela narrativa ficcional do início do século XX até os dias de hoje. Discussão sobre teorias estruturalistas e pós-estruturalistas: partindo da discussão do formalismo russo e do new criticism, discussão de várias abordagens críticas da literatura (que deslocaram as leituras críticas centradas na biografia do autor e na história como acontecimento), tais como a crítica genética, a crítica psicológica ou psicanalítica, os estudos de gênero, a estética da recepção, o novo historicismo, o desconstrucionismo, a teoria queer, etc.

Bibliografia:

BARTHES, Roland. O grau zero da escritura. Tradução de Anne Arnichand e Alvaro Lorencini. São Paulo: Cultrix, 1971.

______. O prazer do texto. São Paulo: Perspectiva, 1977.

BARTHES, Roland et al. Análise estrutural da narrativa. 2. ed. Tradução de Maria Zélia B. Pinto. Petrópolis: Vozes, 1971.

BUTLER, Judith. Problemas de gênero: feminismo e subversão da identidade. Tradução de Renato Aguiar. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2003.

CULLER, Jonathan. Sobre a desconstrução: teoria e crítica do pós-estruturalismo. Tradução de Patrícia Burrowes. Rio de Janeiro: Record, 1997.

______. Teoria literária: uma introdução. Tradução de Sandra G. T. Vasconcelos. São Paulo: Beca Produções Culturais, 1999.

EAGLETON, Terry. Teoria da literatura: uma introdução. São Paulo: Martins Fontes, 2003.

ECO, Umberto. Os limites da interpretação. São Paulo: Perspectiva, 1995.

______. Seis passeios pelo bosque da ficção. Trad. Hildegard Feist. São Paulo: Companhia das Letras, 1997.

______. Sobre a literatura. Trad. Sulla Letteratura. São Paulo; Record, 2003.

FOUCAULT, Michel. A arqueologia do saber. 5. ed. Tradução de Luiz Felipe Baeta Neves. Rio de Janeiro: Forense Universitária,1997.

______. As palavras e as coisas: uma arqueologia das ciências humanas. Tradução de Salma Tannus Muchail e Roberto Cortes de Lacerda. São Paulo: Martins Fontes, 1987.

GALLAGHER, Catherine; GREENBLATT, Stephen. A prática do novo historicismo. São Paulo: EDUSC, 2005.

GENETTE, Gerard. Discurso da narrativa. Tradução de Fernando Cabral Martins. Lisboa: Vega, s/d.

HOLLANDA, Heloisa Buarque (Org.). Tendências e impasses: o feminismo como crítica da cultura. Rio de Janeiro: Rocco, 1994.

HUMPHREY, Robert. O fluxo da consciência. São Paulo: Editora McGraw-Hill do Brasil, 1976.

HUTCHEON, Linda. Poéticas do pós-modernismo. Tradução de Ricardo Cruz. Rio de Janeiro: Imago Editora, 1991.

ISER, Wolfgang. O ato da leitura: uma teoria do efeito estético. 2 v. Tradução de Johnes Kretschmer. São Paulo: Editora 34, 1996.

JAUSS, Hans Robert. A literatura e o leitor: textos da estética da recepção. Coordenação e tradução de Luiz Costa Lima. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1979.

LIMA, Luiz Costa (Org.). A literatura e o leitor. Rio Janeiro: Paz e Terra, 1979.

______. Teoria da literatura em suas fontes. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2002. 2 v.

MURFIN, Ross C. (Ed.). Joseph Conrad Heart of Darkness: A Case Study in Contemporary Criticism. New York: St. Martin’s Press, 1989.

REICHMANN, B. T. (Org.). Relendo Lavoura Arcaica. Curitiba: Editora Beatrice, 2007.

SALLES, Cecília Almeida. Crítica genética: uma introdução. São Paulo: EDUC, 2000.

SANTIAGO, Silvano. Nas malhas da letra. Rio de Janeiro: Rocco, 2002.

TADIÉ, Jean-Yves. A crítica literária no século XX. Rio de Janeiro: Editora Bertrand do Brasil, 1992.

VARIOS AUTORES. Análise estrutural da narrativa. Rio de Janeiro: Vozes, 2008.

ZOLIN, Lúcia Ozana; BONNICI, Thomas (Org.). Teoria literária: abordagens históricas e tendências contemporâneas. 2. ed. Maringá: UEM, 2004.

 

4003_METODOLOGIA DA PESQUISA ACADÊMICA

Ementa: Estudos sobre a metodologia de pesquisa e as normas para a escrita de trabalhos acadêmicos: projetos de pesquisa, artigos, dissertação e tese. Partindo da leitura de textos teóricos sobre o assunto, das Normas da ABNT, das normas específicas de periódicos de letras e das normas da instituição para escrita da dissertação e da tese, analisar-se-á artigos acadêmicos publicados em periódicos de Letras, dissertações de mestrado e teses de doutorado que se destacaram no meio acadêmico da área.

Bibliografia:

AGUIAR, Vera Teixeira de; PEREIRA, Vera Wannmacher. Pesquisa em Letras. Porto Alegre: EDIPUCRS, 2007.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. Referências bibliográficas NBR 6023. Rio de Janeiro, 2002.

BARDIN, L. Análise de conteúdo. 3. ed. São Paulo: Martins Fontes, 2004.

CERVO, A. L.; SILVA, R.; BERVIAN, P. A. Metodologia científica. 6. ed. São Paulo: Prentice Hall do Brasil, 2006.

DMITRUCK, H. B. (Org.) Diretrizes de metodologia científica. Chapecó: Argos, 2001.

DURÃO, Fábio Akcelrud. Reflexões sobre a metodologia de pesquisa nos estudos literários. DELTA, São Paulo, v. 31, p. 377-390, ago. 2015. Disponível em: http://dx.doi.org/10.1590/0102-445014919759499939.

ECO, U. Como se faz uma tese. 18. ed. São Paulo: Perspectiva, 2003.

GIBALDI, Joseph. MLA Handbook for Writers of Research Papers. 5. ed. New York: The Modern Language Association of America, 1999.

GIL, A. C. Como elaborar projetos de pesquisa. 4. ed. São Paulo: Atlas, 2002.

IMAÑA ENCINAS, J.; COSTA, A. F. O trabalho científico. Brasília: UnB, 1990.

ISANDAR, I. J. Normas da ABNT: comentadas para trabalhos científicos. 2. ed. Curitiba: Juruá, 2003.

LAKATOS, E. M.; MARCONI, M. A. Técnicas de pesquisa. 6. ed. São Paulo: Atlas. 2006.

MACHADO, Anna Rachel; LOUSADA, Eliane; TARDELLI, Lilia Santos Abreu. Trabalhos de pesquisa. Diários de leitura para a revisão bibliográfica. São Paulo: Parábola, 2007.

MARCONI, M. A.; LAKATOS, E. M. Metodologia Científica. 4. ed. São Paulo: Atlas, 2004.

MARGARIDA, A. M. Introdução à metodologia do trabalho científico. 7. ed. São Paulo: Atlas. 2005.

NORMAS PARA APRESENTAÇÃO DE DOCUMENTOS CIENTÍFICOS, v. 1 e 2. Curitiba: Editora UFPR, 2000.

REA, L.; PARKER R. Metodologia de pesquisa: do planejamento à execução. São Paulo: Pioneira Thomson, 2000.

REY, L. Planejar e redigir trabalhos científicos. 2. ed. São Paulo: Edgard Blücher, 1997.

RODRIGUES, André Figueiredo. Como elaborar referência bibliográfica. 5. ed. Coleção Metodologias, v. 1. São Paulo: Humanitas, 2005.

______. Como elaborar citações e notas de rodapé. 5. ed. Coleção Metodologias, v. 2 São Paulo: Humanitas, 2005,

______. Como elaborar e apresentar monografias.  5. ed. Coleção Metodologias, v. 3 São Paulo: Humanitas, 2005,

RUDIO, F. V. Introdução ao projeto de pesquisa científica. 32. ed. Petrópolis: Vozes, 2001.

RUIZ, J. A. Metodologia científica: guia para eficiência nos estudos. 6. ed. São Paulo: Atlas, 2006.

SALVADOR, A. D. Métodos e técnicas de pesquisa bibliográfica. 11. ed. Porto Alegre: Sulina. 1986.

SERRA NEGRA, C. A.; SERRA NEGRA, E. Manual de trabalhos monográficos de graduação, especialização, mestrado e doutorado. 2. ed. São Paulo: Atlas, 2004.

SEVERINO, A. J. Metodologia do trabalho científico. 22. ed. São Paulo: Cortez, 2002.

STOLTENBERG, C. H.; WARE, K. D.; MARTY, R. J.; WRAY, R. D.; WELLONS, J. D. Planning research for resource decisions. Ames: Yowa State University Press, 1970.

VAN WAGENERN, K. Writing a thesis: substance and style. Englewood Cliffs: Prentice Hall, 1991.

 

4004_CRÍTICA CULTURAL

Ementa: Conceitos e fundamentos da crítica cultural, tendo como origem as visões clássica e romântica da cultura. São apresentadas as abordagens marxista, pós-colonial e decolonial de crítica cultural, bem como a crítica feminista e os estudos das masculinidades. Tais correntes de pensamento crítico também são observadas em relação ao cinema, às artes visuais, à arquitetura, à moda e aos produtos midiáticos. A disciplina discute ainda alguns métodos de análise e de crítica cultural, como a análise do discurso, a semiótica e a semiologia.

Bibliografia:

BAGGIO, A. T. O vestido de Anna Terzi. Revista D[O]bras, v.6, p.86-93, 2013.
BHABHA, Homi K. O local da cultura. Tradução de Myriam Ávila, Eliana Lourenço de Lima Reis, Gláucia Renate Gonçalves. 2. ed. Belo Horizonte: Editora UFMG, 2013.

BARTHES, Roland. Mitologias. Tradução de Rita Buongermino e Pedro de Souza. 11. ed. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 2001.

_______. A aventura semiológica. Lisboa: Edições 70, 1985.
BOSI, Alfredo. Literatura e resistência. São Paulo: Companhia das Letras, 2002.

CANCLINI, Néstor Garcia. Culturas híbridas: estratégias para entrar e sair da modernidade. 2. ed. Tradução de Ana Regina Lessa; Heloísa Pezza Cintrão. São Paulo: Edusp, 1998.

CULLER, Jonathan. Sobre a desconstrução. Tradução de Patricia Burrowes. Rio de Janeiro: Ed. Rosa dos Tempos, 1997.

EGGENSPERGER, Klaus. Estudos culturais e literatura. Revista X, v. 2, p. 51-70, 2010.

FLOCH, Jean-Marie. Visual identities. Tradução de Pierre Van Osselaer e Alec McHoul. New York: Continuum, 2000.

FOUCAULT, Michel. As palavras e as coisas: uma arqueologia das Ciências Humanas. Tradução de Salma Tannus Muchail e Roberto Cortes de Lacerda. São Paulo: Martins Fontes, 1987.
KEEN, Andrew. O culto do amador: como blogs, MySpace, YouTube e a pirataria digital estão destruindo nossa economia, cultura e valores. Tradução de Maria Luiza X. de A. Borges. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 2009.

GRUNDMANN, ROY. Retorno a Brokeback Mountain. In: PENTEADO, Fernando Marques; GATTI, José (Org.). Masculinidades: teoria, crítica e artes. São Paulo: Estação das Letras e Cores, 2011

GUMBRECHT, Hans Ulrich. Modernização dos sentidos. Tradução de Lawrence Flores Pereira. Rio de Janeiro: Editora 34, 1998.

JAMESON, Fredric. Pós-modernismo: a lógica cultural do capitalismo tardio. Tradução de Maria Elisa Cevasco. São Paulo: Ed. Ática, 1996.

LEYVA, M. J. S.; OLAIZOLA, A. R. (Coord.) Crítica feminista y comunicación. Sevilla/Zamora: Comunicación Social Ediciones y Publicaciones, 2007.

MACHADO, Irene. Sobre os sistemas de signos da cultura. In: BATISTA, M. de F. B. de M.; RASTIER, F. Semiótica e cultura: dos discursos aos universos construídos. João Pessoa: Editora da UFPB, 2015.

MARTIN-BARBERO, Jesus. Dos meios às mediações. Tradução de Ronald Polito e Sérgio Alcides. Rio de Janeiro: Ed. UFRJ, 2003.

MARTINS, Maria Helena (Org.). Rumos da crítica. São Paulo: Editora Senac; Itaú Cultural, 2000.

MERQUIOR, José Guilherme. Arte e sociedade em Marcuse, Adorno e Benjamin. Rio de Janeiro: Ed. Tempo Brasileiro, 1969.

SAMAIN, E. (Org.). Como pensam as imagens. Campinas: Editora da Unicamp, 2012.

SANCHES, Tatiana Amendola (Org.). Estudos culturais: uma abordagem prática. São Paulo: Editora Senac SP, 2011.

SANTIAGO, Silviano. Vale quanto pesa. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1982.

SOUZA, Eneida Maria de. Tempo de pós-crítica. Cadernos de Pesquisa, Belo Horizonte, Ed. UFMG, n.20, nov. 1994.

TATIT, Luiz. Questões do gosto no Banquete de Mário de Andrade. In: LANDOWSKI, E.; FIORIN, J. L. O gosto da gente, o gosto das coisas: abordagem semiótica. São Paulo: Educ, 1997.

TÜRCKE, Christoph. Sociedade excitada: filosofia da sensação. Tradução de Antonio A. S. Zuin; Fabio A. Durão; Francisco C. Fontanella; Mario Frungillo. Campinas: Editora Unicamp, 2010.

WILLIAMS, Raymond. Marxismo e literatura. Tradução de Waltensir Dutra. Rio de Janeiro: Zahar, 1979.

4005_PASSAGENS DA MODERNIDADE

Ementa: Reflexões sobre a filosofia na pós-modernidade, a dificuldade de sua especificação. A exacerbação da racionalidade advinda da filosofia crítica e da noção de sujeito na modernidade. A quebra das grandes narrativas. As várias formas de se problematizar a pós-modernidade, a questão da verdade, a questão do corpo.  As mudanças nas representações das “coisas” e como estas mudanças se efetuaram.  A relação entre a filosofia e as artes, e mais especificamente a literatura. Estudo das poéticas na pós-modernidade.

Bibliografia:

ANDERSON, Perry. As origens da pós-modernidade. Tradução de Marcus Penchel. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Ed., 1999.

BHABHA, Homi. O local da cultura. Tradução de Myriam Ávila, Eliana L. Reis e Gláucia R. Gonçalves. Belo Horizonte: Ed. UFMG, 1998.

BAUMAN, Zygmunt. O mal-estar da pós-modernidade. Tradução de Mauro Gama e Cláudia M. Gama. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 1998.

________. Modernidade líquida. Tradução de Plinio Dentzien. Rio de Janeiro: Zaar, 2004.

CANCLINI, Nestor García. Culturas híbridas: estratégias para entrar e sair da modernidade. Tradução de Ana Regina Lessa e Heloísa Pezza Cintrão. São Paulo: Edusp, 1998.

COELHO, Teixeira. Moderno pós-moderno. São Paulo: Iluminuras, 2001.

CONNOR, Steven. Cultura pós-moderna: introdução às teorias do contemporâneo. Tradução de Adail Ubirajara Sobral e Marai Stela Gonçalves. São Paulo: Loyola, 1989.

DEBORD, Guy. A sociedade do espetáculo. Tradução de Estela dos Santos Abreu. São Paulo: Contraponto Editora, 1997.

EAGLETON, Terry. As ilusões do pós-modernismo. Tradução de Elisabeth Barbosa. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 1998.

_______. Depois da Teoria. Tradução de Maria Lucia Oliveira. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2005.

_______. Walter Benjamin. O hacia uma critica revolucionaria. Madrid: Cátedra, 1998.

FREYRE, Gilberto. Além do apenas moderno: sugestões em torno de possíveis futuros do homem, em geral, e do homem brasileiro. Rio de Janeiro: UniverCidade, 2001.

GUMBRECHT, Hans Ulrich. Modernização dos sentidos. Tradução de Lawrence Flores Pereira. Rio de Janeiro: Ed. 34, 1998.

_______. Produção de presença. Tradução de Ana Isabel Soares. Rio de Janeiro: Contraponto, 2013

HALL, Stuart. A identidade cultural na pós-modernidade. Tradução de Tomaz Tadeu da Silva e Guacira Lopes Louro. São Paulo: DPA, 2006.

HUTCHEON, Linda. Poética do pós-modernismo. Tradução de Jaime Bruna. Rio de Janeiro: Imago, 1988.

JAMESON, Fredric. Pós-modernismo:  a lógica cultural do capitalismo tardio. Tradução de Maria Elisa Cevasco. São Paulo: Ática, 1996.

KAPLAN, E. Ann (Org.). O mal-estar no pós-modernismo: teorias e práticas. Tradução de Vera Ribeiro. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 1993.

LATOUR, Bruno. Nunca fomos modernos. Tradução de Carlos Irineu da Costa. São Paulo: Editora 34, 1991.

LYOTARD, Jean-François. O pós-moderno. Tradução de Ricardo Corrêa Barbosa. Rio de Janeiro: José Olympio, 1986.

NIETZSCHE, Friedrich. O Nascimento da tragédia. Tradução de J. Guinsburg.  São Paulo: Schwarcz, 1992

REYNOSO, Carlos. Apogeo y decadência de los estudios culturales. Barcelona: Editorial Gedisa, 2000.

ROUANET, Sergio Paulo. As razões do Iluminismo. São Paulo: Companhia das Letras, 1987.

SEIDEL, Roberto Henrique. Do futuro do presente ao presente contínuo: modernismo vs. pós-modernismo. São Paulo: Annablume, 2001.

4006_POÉTICAS DA MODERNIDADE

Ementa: Estudo das poéticas fundadoras da modernidade. Relação entre o texto de criação e o texto teórico e crítico. Produção teórica e crítica no discurso literário. A partir da obra e das reflexões dos fundadores da modernidade (Baudelaire e Flaubert), pretende-se lançar um olhar sobre as bases que fundam essa nova poética, ou seja, como o moderno vira modernidade e depois modernismo – e o que o estrutura. A seguir, estudar-se-á como a modernidade oitocentista deságua nas vanguardas e neovanguardas do século XX e como, a partir do último quartel do século, começa-se a se assistir a certo fastio do moderno. O pós-modernismo seria a expressão desse fastio ou apenas mais uma manifestação do (ultra)moderno? Enfim, discutir-se-á, com o auxílio de pensadores como Walter Benjamin, Giorgio Agamben e Pierre Bourdieu, quais são os desafios, o alcance e os limites da literatura e das artes em tempos (pós)modernos – tanto no centro quanto na periferia do sistema-mundo.

Bibliografia:

AGAMBEN, Giorgio. O que é o contemporâneo? e outros ensaios. Chapecó: Argos, 2009.

BAUDELAIRE, Charles. As flores do mal. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2015.

_____. Meu coração desnudado. Belo Horizonte: Autêntica, 2019.

_____. Pequenos poemas em prosa. 4 ed. Rev. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1980.

_____. O pintor da vida moderna. Belo Horizonte: Autêntica, 2010.

BAUDRILLARD, Jean. Simulacros e simulação. Lisboa: Relógio D’Água, 1991.

BAUMAN, ZYGMUNT. Mal-estar na pós-modernidade. Rio de Janeiro: Zahar, 1998.

BENJAMIN, Walter. Baudelaire e a modernidade. Belo Horizonte: Autêntica, 2015.

BÜRGUER, Peter. Teoria da vanguarda. São Paulo: Cosac Naify, 2008.

BOURDIEU, Pierre. As regras da arte. São Paulo: Companhia das Letras, 1996.

CALASSO, Roberto. A folie Baudelaire. São Paulo: Companhia das Letras, 2012.

CALVINO, Ítalo. As cidades invisíveis. Tradução de Diogo Mainardi. São Paulo: Companhia das Letras, 1990.

______. Por que ler os clássicos. São Paulo: Cia. das Letras, 1996.

______. Seis propostas para o próximo milênio: lições americanas. São Paulo: Companhia das Letras, 1990.

______. Se um viajante numa noite de inverno. Tradução de Nilson Moulin. São Paulo: Companhia das Letras, 1982.

______. O castelo dos destinos cruzados. Tradução de Ivo Barroso. São Paulo: Companhia das Letras, 1999.

CAMPOS, Haroldo de. Metalinguagem e outras metas: ensaios de teoria e crítica literária. São Paulo: Perspectiva, 1992

______. A arte no horizonte do provável. 3. ed. São Paulo: Perspectiva, 1975.

______. O Arco-Íris Branco. São Paulo: Imago, 1997.

COMPAGNON, Antoine. Os antimodernos: de Joseph de Maistre a Roland Barthes. Belo Horizonte: Editora UFMG, 2011.

______. Os cinco paradoxos da modernidade. Belo Horizonte: Ed. UFMG, 2010.

COSTA LIMA, Luiz. Mimesis e modernidade. Rio de Janeiro: Graal, 2003.

ECO, Umberto. Obra aberta: forma e indeterminação nas poéticas contemporâneas. São Paulo: Perspectiva, 1986.

FABRIS, Annateresa. O futurismo paulista: hipóteses para o estudo da chegada da vanguarda ao Brasil. São Paulo: Perspectiva/Edusp, 1994.

FLAUBERT, Gustave. Cartas exemplares. Rio de Janeiro: Imago, 2006.

______. A educação sentimental. São Paulo: Nova Alexandria, 2008.

HUTCHEON, Linda. Poética do pós-modernismo: história, teoria, ficção. Rio de Janeiro: Imago, 1991.

JAMESON, Fredric. Espaço e imagem: teorias do pós-moderno e outros ensaios. Rio de Janeiro: Editora UFRJ, 2004.

MORICONI, Ítalo. A provocação pós-moderna: razão histórica e política da teoria de hoje. Rio de Janeiro: Diadorim Editora, 1994.

SANTIAGO, Silviano. O cosmopolitismo do pobre. Belo Horizonte: UFMG, 2004.

______. Nas malhas da letra. São Paulo: Companhia das Letras, 1989.

SLOTERDIJK, Peter. O desprezo das massas: ensaio sobre lutas culturais na sociedade moderna. São Paulo: Estação Liberdade, 2002.

4007_POÉTICAS E POLÍTICAS AFRO-AMERICANAS

Ementa: Estudo de textos teóricos e narrativos centrados em princípio sobre a dupla consciência do negro dividido entre dois mundos, fonte de alteridade em experiências colonialistas e pós-colonialistas na África, nas Américas e no Caribe. Teorias da crítica literária negra anglófona e francófona. A criação literária no mundo pós-colonial luso-brasileiro. Reflexão crítica a partir da avaliação do estado da arte dos conceitos de literatura negra e de literatura afro-brasileira: aspectos de temática, autoria, resgate da história não-oficial e das tradições negras, e marcas da herança cultural africana na linguagem, na criação literária de afrodescendentes e/ ou sobre a diáspora negra no Brasil.

Bibliografia:

AZEVEDO, M. M. A escrevivência na literatura feminina da diáspora negra. In: MACHADO, R.V. (Org.) Panorama da literatura negra ibero-americana. Curitiba: Imprensa UFPR, 2015, p. 324-359.

______. The nonessential victim in a persecution text: A reading of Toni Morrison’s The Bluest Eye. Tese (Doutorado)–Departamento de Letras Modernas, Universidade de São Paulo, São Paulo, 1999.

BAKER, H. A. Blues. Ideology and Afro-American literature: a vernacular theory. Chicago: University of Chicago Press, 1984.

BERND, Z. Introdução à literatura negra. São Paulo: Brasiliense, 1988.

BROOKSHAW, D. Raça e cor na literatura brasileira. Porto Alegre: Mercado Aberto, 1983.

Cadernos Negros. Série. Produção literária de autores negros brasileiros. 1978-2014.

CESÁRIO. I. L. Ventos do apocalipse de Paulina Chiziane e Ponciá Vicêncio de Conceição Evaristo: laços africanos em vivências femininas. Tese (Doutorado)–Departamento de Letras Modernas, Universidade de São Paulo, São Paulo, 2013.

CUNHA, O. M. G.; GOMES, F. S. (Org.). Quase-cidadão: histórias e antropologia da pós-emancipação no Brasil. Rio de Janeiro: Editora da FGV, 2007.

DU BOIS, W. E. B. As almas da gente negra. Tradução de Heloísa Toller Gomes. Rio de Janeiro: Lacerda, 1990.

DUARTE, E. de A. (Org.). Literatura e afrodescendência no Brasil: antologia crítica. Belo Horizonte: Editora UFMG, 2011.

______. Literatura afro-brasileira: 100 autores do século XVIII ao XX. Rio de Janeiro: Pallas, 2014.

______. O bildungsroman afro-brasileiro de Conceição Evaristo. Estudos Feministas, Florianópolis, v. 14, n. 1, 2006.

EVARISTO, C. Literatura negra: uma poética de nossa afro-brasilidade. Dissertação (Mestrado)–Departamento de Letras, Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, 1996.

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Buscar na Internet para as aulas.

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4008_IMAGEM E LITERATURA

Ementa: Estudo das narrativas literárias e suas relações com a imagem, nas diferentes artes: música; fotografia; cinema; pintura; escultura/arquitetura; teatro e encenação teatral; e história em quadrinhos. Influência do aspecto imagético das vanguardas na literatura. A função da imagem nas atuais formas de mediação. A imagem como texto principal e como acessório. Relações entre narrativa verbal, narrativa visual e ilustração. O texto imagético e as predominâncias temporais e espaciais. Especificidades na produção e na recepção, nos textos verbais, visuais e verbo-visuais. A importância da imagem nos textos literário, informativo e histórico/documental. O predomínio da imagem na poesia concreta e na literatura digital: pressupostos teóricos, projeto estético e objetivos. Imagem, palavra e intertextualidade: paródia, citação, alusão e adaptação.

Bibliografia:

AGUILERA, V. de A.; LÍMOLI, L. (Org.). Entrelinhas, entretelas: Os desafios da leitura. 1. ed.  Londrina: UEL, 2001.

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COMPAGNON, A. O demônio da teoria. 2. ed. Tradução de Cleonice Paes Barreto Mourão. Belo Horizonte: UFMG, 2010.

DINIZ, T. F. N. Literatura e Cinema: Tradução, hipertextualidade, reciclagem. Belo Horizonte: UFMG, 2005.

EISENSTEIN, S. A forma do filme. 2. ed. Tradução de Teresa Ottoni. Rio de Janeiro: Zahar, 2002.

EISNER, W. Quadrinhos e arte sequencial. 4. ed. Tradução de Alexandre Boide. São Paulo: WMF Martins, 2010.

GENETTE, G. Palimpsestos. A literatura de segunda mão. 1. ed. Tradução de Luciene Guimarães e Maria Antônia Ramos Coutinho. Belo Horizonte: UFMG, 2005.

GONÇALVES, M. L. S. de S. Os desafios teóricos da história sob o prisma da pintura, literatura e do cinema no contexto da intertextualidade da obra Moça com brinco de pérola. 2011. 167 f. Dissertação (Mestrado em Teoria Literária) – Centro Universitário Campos de Andrade, Curitiba, 2011.

HUTCHEON, L. Narcissistic narrative: The metafictional paradox. 2. ed. Canadá: Wilfried Laurier University, 2014.

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TODOROV, T. Introdução à literatura fantástica. 4. ed. Tradução de Maria Clara C. Castello. São Paulo: Perspectiva: 2012.

 

4009_LINGUAGENS DA ALTERIDADE

 Ementa: Estudo de textos teóricos e narrativos que trabalham o conceito de alteridade como resultado da oposição entre um “eu” subjetivo, centro da experiência pessoal, e a construção como “outro” de tudo o que lhe é estranho. A oposição básica eu/outro, expressa também como centro/margem, dominante/silenciado, colonizador/colonizado, é examinada em questões de classe social e etnia. A categoria da alteridade como representação dos marginalizados, deslocados e diaspóricos. A literatura pós-colonial como mediação e resistência, e os discursos críticos pós-coloniais que enfatizam a alteridade como domínio da identificação psíquica, social e política.

Bibliografia:

ABDALA JR., B. (Org.). Margens da cultura. Mestiçagem, hibridismo e outras misturas. São Paulo: Boitempo, 2004.

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YOUNG, R. J. C. Desejo colonial. Hibridismo em teoria, cultura e raça. Tradução de S. Medeiros. São Paulo: Perspectiva, 2005.

4010_ESTUDOS DE GÊNERO

Ementa: Estudo das construções de gênero na literatura e na cultura. Gênero versus sexo e seus impasses na crítica e na teoria feminista. A categoria mulher e suas implicações para os estudos feministas e de gênero. Vertentes da teoria e da crítica feministas: ginocrítica, crítica marxista e crítica psicanalítica. O gênero como categoria de análise nos estudos literários: impasses e problematizações. Políticas e poéticas das identidades: Judith Butler e a teoria queer. Representações de gênero no espaço escolar e na cultura de massa. Masculinidades: um impasse teórico.

Bibliografia:

ALÓS, Anselmo Peres. Raízes e rumos: 25 anos de institucionalização da crítica literária feminista na pós-graduação brasileira. Cadernos Pagu: Campinas, n. 41, 2013. Disponível em: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0104-83332013000200023&lng

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BUTLER, Judith. Problemas de gênero: feminismo e subversão da identidade. Tradução de Renato Aguiar. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2016.

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QUEVEDO, Cristian Abreu. A homoafetividade no romance Bom-Crioulo de Adolfo Caminha: uma leitura crítica a partir de questões de gênero e sexualidade. Dissertação (Mestrado em Teoria Literária) – Centro Universitário Campos de Andrade, Curitiba, 2017.

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XAVIER, Elódia. Declínio do patriarcado. Rio de Janeiro: Rosa dos Tempos, 1998.

             

4011_ESTUDOS DE INTERMIDIALIDADE

Ementa: Reflexões sobre o conceito de intermidialidade sob uma perspectiva que vai além de um simples comparativismo, focalizando especialmente o estudo das inter-relações, dos contágios, das imbricações e dos atritos entre a literatura e outras formas de arte/mídia, que, cada vez mais convergem, gerando processos discursivos cada vez mais complexos. Entre seus objetivos, destacamos a análise crítica de obras (contemporâneas ou não), constituídas de textos em diferentes mídias, incluindo produções baseadas na combinação de várias mídias (filmes, espetáculos teatrais, óperas, histórias em quadrinhos, etc.), bem como transposições intermidiáticas (adaptações cinematográficas, romantizações, etc.) e referências intermidiáticas.

Bibliografia:

AUMONT, Jacques et al. A estética do filme. Tradução de Marina Appenzeller. Campinas: Papirus, 1995.

ARBEX, Marcia (Org.).  Poéticas do visível: ensaios sobre a escrita e a imagem. Belo Horizonte: Faculdade de Letras da UFMG, 2006.

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CORSEUIL, Anelise R.; CAUGHIE, John (Org.). Palco, tela e página. Florianópolis: Insular, 2000.

DINIZ, Thaïs F. N. (Org.). Intermidialidade e estudos interartes: desafios da arte contemporânea. Belo Horizonte: Editora da UFMG, 2012.

DINIZ, Thaïs F. N. & VIEIRA, André Soares (Org.). Intermidialidade e estudos interartes: desafios da arte contemporânea, vol. 2. Belo Horizonte: Rona Editora: FALE/UFMG, 2012.

GAUDREAULT, Andre; MARION, Philippe. Transescritura e midiática narrativa: a questão da intermidialidade.  Tradução de Brunilda T. Reichmann e Anna Stegh Camati. In: DINIZ, Thaïs F. N. (Org.). Intermidialidade e estudos interartes: desafios da arte contemporânea. Belo Horizonte: Editora da UFMG, 2012.

GENETTE, Gerard. Palimpsestos: a literatura de segunda mão. Extratos traduzidos do francês por Luciene Guimarães e Maria Antônia Ramos Coutinho. Cadernos do Departamento de Letras Vernáculas. Belo Horizonte: UFMG/Faculdade de Letras, 2005. 99 p.

HOEK, Leo H. A transposição intersemiótica: por uma classificação pragmática. In: JAMESON, Fredric. Espaço e imagem. Teorias do Pós-Moderno e outros ensaios. Tradução de Ana Lúcia Almeida Gazolla. Rio de Janeiro: Editora UFRJ, 1994.

HUTCHEON, Linda. Uma teoria da adaptação. Tradução de André Cechinel. Florianópolis: Editora UFSC, 2011.

LOUVEL, Liliane. A descrição “pictural”: por uma poética do iconotexto. In: ARBEX, Márcia (Org.). Poéticas do visível: ensaios sobre a escrita e a imagem. Belo Horizonte: Programa de Pós-Graduação em Letras: Estudos Literários, FALE/UFMG, 2006, p.191-220.

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MOSER, Walter. As relações entre as artes: por uma arqueologia da intermidialidade. Aletria: Revista de Estudos de Literatura, FALE/UFMG, Belo Horizonte, n. 14, p. 40-63, jul./dez. 2006.

MÜLLER, Jurgen. Intermidialidade revisitada: algumas reflexões sobre os princípios básicos desse conceito. Tradução de Anna Stegh Camati e Brunilda T. Reichmann. In: DINIZ, Thaïs F. N.; VIEIRA, André Soares (Org.). Intermidialidade e estudos interartes: desafios da arte contemporânea, vol. 2. Belo Horizonte: Rona Editora: FALE/UFMG, 2012.

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OLIVERIA, Solange Ribeiro de. Perdida entre signos: literatura, artes e mídias, hoje. Belo Horizonte: Faculdade de Letras da UFMG, 2012.

PLAZA, Julio. Tradução intersemiótica. São Paulo: Perspectiva, 2003.

RAJEWSKY, Irina O. Intermidialidade, intertextualidade e “remediação”: uma perspectiva literária sobre a intermidialidade. Tradução de Thaïs F. N. Diniz e Eliana Lourenço de Lima Reis. In: DINIZ, Thaïs F. N. (Org.). Intermidialidade e estudos interartes: desafios da arte contemporânea. Belo Horizonte: Editora da UFMG, 2012.

REICHMANN, Brunilda (Org.). Assim transitam os textos: ensaios sobre intermidialidade. Curitiba: Editora Appris, 2016.

STAM, Robert. Introdução à Teoria do Cinema. Tradução de Fernando Mascarello. Campinas: Papirus, 2003.

XAVIER, Ismail. O discurso cinematográfico: a opacidade e a transparência. São Paulo: Paz e Terra, 2005.

4012_LITERATURA E TECNOLOGIA DIGITAL

Ementa: Suportes tecnológicos digitais e novos tipos de textos: hipertexto e cibertexto. Hipertexto, leitura relacional, intertextualidade e interatividade. Intersemiótica e multimodalidade. Síntese, rapidez e multiplicidade: antecedentes, pressupostos teóricos e arte digital. Cinese, videopoema e arte op. Poesia migrante. Transposição e atualização da literatura no contexto digital. Infopoesia. Hibridismo nos videopoemas. A influência da tecnologia digital na reconfiguração dos processos de produção e recepção de textos. Relações entre palavra e imagem: complementaridade, determinação recíproca, presença/ausência e referência substitutiva. O uso do QR Code no discurso literário. Mídia digital, comportamento e mercado editorial literário.

Bibliografia:

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GUIMARÃES, D. Produções estáticas nas mídias audiovisuais. In: ______. Comunicação tecnoestética nas mídias audiovisuais. 1. ed. Porto Alegre: Sulina, 2007, p. 73-108.

HAYLES, N. Electronic literature: new horizons for the literary. 1. ed. Indiana: Notre Dame, 2008.

IEDEMA, R. Multimodality, resemiotization: extending the analysis of discourse as multi-semiotic practice. Visual communication, London, v. 2, n. 1, p. 29-57, 2003.

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KRESS, G.; VAN LEEUWEN, T. Multimodal discourse: the modes and media of contemporary communication. 1. ed. London: Arnold, 2001.

LÉVY, P. Cibercultura. 2. ed. Tradução de Carlos I. da Costa. Lisboa: Instituto Piaget, 2000.

LIMA, L. C. (Org.). A literatura e o leitor: textos de estética da recepção. 2. ed. Seleção, coordenação e tradução de Luiz Costa Lima. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 2011.

MACHADO, A. Máquina e imaginário: o desafio das poéticas tecnológicas. 2. ed. São Paulo: Edusp, 2001.

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MENEZES, P. Signos plurais: mídia, arte, cotidiano na globalização. 1. ed. São Paulo: Experimento, 1997.

MENEZES, P.; AZEVEDO, W. Interpoesia: poesia hipermídia interativa. 1. ed. São Paulo: Mackenzie/PUC-SP; FAPESP, 2000. (CD-ROM).

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STANGOS, N. (Org.). Conceitos da arte moderna. 16. ed. Tradução de Álvaro Cabral. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 2000.

 

4013_ESCRITA DE SI – AUTOFICÇÃO E LITERATURA DE TESTEMUNHO

Ementa: Reflexões sobre a autoficção e literatura de testemunho como prática literária, atentando para as especificidades que a tornam reconhecível, como a relação autor-narrador-personagem, o uso dos nomes de pessoas reais, as técnicas narrativas, sobretudo as mais experimentais, desenvolvidas por autores representativos dela; a ênfase recai sobre a natureza do pacto de leitura estabelecido com o leitor, definido como ambíguo. Abordam-se as origens das práticas com as escritas do eu, seus desdobramentos e o romance autobiográfico como precursor da autoficção e da literatura de testemunho. Aspectos problemáticos, como o retorno do autor e a guinada subjetiva, são focalizados a partir das abordagens polêmicas, de que os temas têm sido objeto. Do mesmo modo, as possibilidades da autoficção como terapia, vingança ou reconhecimento da memória como origem para as formas de mimetização do real.

Bibliografia:

ALBERCA, Manuel. El pacto ambiguo: de la novela autobiográfica a la autoficción. Madrid: Biblioteca Nueva, 2007.

BAUMAN, Zygmunt. Identidade: entrevista a Benedetto Vecchi. Tradução de Carlos Alberto Medeiros. Rio de Janeiro: Zahar, 2005.

BLANCHOT, Maurice. O diário íntimo e a narrativa. In: O livro por vir. Tradução de Leyla Perrone-Moisés. São Paulo: Martins Fontes, 2005.

BRANDÃO, Jacyntho Lins. A invenção do romance: narrativa e mimese no romance grego. Brasília: Editora Universidade de Brasília, 2005.

CANDIDO, Antonio. Ficção e confissão: ensaios sobre Graciliano Ramos. 3. ed. Rio de Janeiro: Editora Ouro Sobre Azul, 2006.

DOUBROVSKY, Serge. Fils: roman. Paris: Éditions Galilée, 1977.

FAEDRICH, Anna Martins Autoficções: do conceito teórico à prática na literatura brasileira contemporânea.  Porto Alegre: PUC-RS, 2014.

FIGUEIREDO, Eurídice. Mulheres ao espelho: autobiografia, ficção e autoficção. Rio de Janeiro: EdUERJ/FAPERJ, 2014.

FOSTER, Hal. O retorno do real: a vanguarda no final do século XX. Tradução de Célia Euvaldo. São Paulo: Cosac & Naify, 2014.

FOUCAULT, Michel. A hermenêutica do sujeito. Tradução de Márcio Alves. São Paulo: Editora WMF Martins Fontes, 2010.

______. O que é um autor? Tradução de Antônio Fernando Cascais e Eduardo Cordeiro. 6. ed. Lisboa: Vega, 1992.

JACCOMARD, Hèléne. Lecteur et lecture dans l’autobiographie française contemporaine: Violette Leduc, Françoise d’Eaubonne, Serge Doubrovsky, Marguerite Yourcenar. Genève: Droz, 1993.

KLINGER, Diana. Escritas de si, escritas do outro: o retorno do autor e a virada etnográfica. Rio de Janeiro: 7Letras, 2012.

LEJEUNE, Philippe. O pacto autobiográfico:  de Rousseau à Internet. Organização de

Jovita Maria G. Noronha. Tradução de Jovita Maria G. Noronha e Maria Inês Coimbra Guedes. Belo Horizonte: Editora UFMG, 2008.

LIMA, Luiz C. História. Ficção. Literatura. São Paulo: Companhia da Letras, 2006.

MONTAIGNE, Michel de. Ensaios. Tradução de Sérgio Milliet. São Paulo: Editora Nova Cultural, 1996.

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NORONHA, Jovita Maria Gerheim (Org.). Ensaios sobre a autoficção. Belo Horizonte: Editora UFMG, 2014.

RESENDE, Beatriz. Possibilidades da nova escrita literária no Brasil. Rio de Janeiro: Revan, 2014.

REMÉDIOS, Maria L. R. (Org.) Literatura confessional: autobiografia e ficcionalidade. Porto Alegre: Mercado Aberto, 1997.

RICOEUR, Paul. A memória, a história, o esquecimento. Tradução de Alain François et al. Campinas: Editora da UNICAMP, 2007.

______. O si-mesmo como um outro. Tradução de Lucy Moreira Cesar. Campinas: Papirus, 1991.

______. Tempo e narrativa. Tradução de Cláudia Berliner e Márcia Valéria Martinez de Aguiar. São Paulo: WMF Martins Fontes, 2010.

SANTO AGOSTINHO. Confissões. Tradução de J. Oliveira Santos e Ambrósio de Pina. São Paulo: Editora Nova Cultural, 1996.

SARLO, Beatriz. Tempo passado: cultura da memória e guinada subjetiva. Tradução de Rosa Freire d’Aguiar. São Paulo: Cia. das Letras; Belo Horizonte: UFMG, 2007.

SEARLE, John. R. Expressão e significado: estudos da teoria dos atos de fala. Tradução de Ana Cecília G. A. de Camargo e Ana Luíza Marcondes Garcia. 2. ed. São Paulo: Editora Martins Fontes, 2002.

VILAIN, Philippe. Défense de Narcisse. Paris: Bernard Grasset, 2005.

ZAGURY, Eliane. A escrita do eu. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira; Brasília: INL, 1982.

 

4014_ESCRITA CRIATIVA I

Ementa: A presente disciplina volta-se para os bastidores do processo criativo, libertando-o das concepções românticas que ainda o envolvem. A relação do autor com o texto, o conceito de autoria e suas relações com a tramas textuais são um dos objetos desta disciplina. Da mesma forma, é alvo de análise a dialética entre invenção e tradição, e como isso se dá dentro de um determinado sistema literário. Entrando no campo dos gêneros literários, os elementos da narrativa, de peças teatrais e suas articulações arquitetônicas, a poesia e sua “hesitação” entre som e sentido também são objeto dessa disciplina. Ao final serão feitos exercícios de escrita criativa, com a produção e a análise de textos produzidos pelos alunos.

Bibliografia:

BAKHTIN, Mikhail (V. N. Volochínov). Marxismo e filosofia da linguagem: problemas fundamentais do método sociológico na ciência da linguagem. 11. ed. São Paulo: Hucitec, 2004.

CAMPBELL, Joseph. A jornada do herói. São Paulo: Ágora, 2006.

BAUMGÄRTEL, Stephan. Estratégias de escrita teatral não dramática no contexto contemporâneo: algumas reflexões preliminares. O Teatro Transcende, v. 16, n. 1, p.3-11, 2011.

CARRERO, Raimundo. Os segredos da ficção: um guia da arte de escrever narrativas. São Paulo: Agir, 2005.

CASTAGNO, P. New Playwriting Strategies. A Language-Based Approach to Playwriting. New York and London: Routledge, 2001.

FORSTER, Edward Morgan. Aspectos do romance. São Paulo: Globo, 2004.

GENETTE, Gerard. Discurso da narrativa. 3. ed. Lisboa: Vejga, 1995.

______. Nuevo discurso del relato. Madri: Cátedra, 1998.

JAMES, Henry. A arte do romance. São Paulo: Globo, 2003

KAROWSKI, Acir Mário; GAYDECZKA, Beatriz; BRITO, Karim Siebeneicher (Org.). Gêneros textuais: reflexões e ensino. São Paulo: Parábola Editorial, 2008.

KIEFER, Charles. Para ser escritor. São Paulo: Leya, 2010.

KOCK, Stephen. Oficina de escritores: um manual da arte de ficção. São Paulo: Martins Fontes, 2009.

LEITE, Ligia Chiappini Moraes. O foco narrativo: ou a polêmica em torno da ilusão. São Paulo: Ática, 2002.

LLOSA, Mario Vargas. A orgia perpétua: Flaubert e Madame Bovary. Rio de Janeiro: Francisco Alves, 1979.

MARCHIONI, Rubens. Criatividade e redação: o que é, como se faz. São Paulo: Loyola, 2009.

MOTTA-ROTH, Désirée; HENDGES, Graciela Rabuske. Produção textual na universidade.  São Paulo: Parábola Editorial, 2010.

OLIVEIRA, Nelson de. A oficina do escritor: sobre ler, escrever e publicar. Cotia: Ateliê editorial, 2008.

PAZ, Octavio. O arco e a lira. Tradução Olga Savary. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1986.

______. Os Filhos do Barro. Nova Fronteira: Rio de Janeiro, 1984.

POE, Edgar Allan. Poética: textos teóricos. Lisboa: Calouste Gulbenkian, 2004.

POUND, Ezra. ABC da literatura. São Paulo: Cultrix, 1987.

PROPP, Vladimir. Morfologia do conto maravilhoso. Rio de Janeiro: Forense universitária, 1984.

REUTER, Yves. Introdução à análise do romance. São Paulo: Martins Fontes, 1995.

______. Introdução à análise do romance. São Paulo: Martins Fontes,1995.

ROUBINE, Jean-Jacques. A linguagem da encenação teatral. Tradução de Yan Michalski. Rio de Janeiro: Zahar, 1998.

SARRAZAC, Jean Pierre. A oficina de escrita dramática.  Educação e Realidade, v. 30, n. 2, p. 203-2015, 2005.

______. O futuro do drama: escritas dramáticas contemporâneas. Tradução de Alexandra Moreira da Silva. Porto: Campo das Letras, 2002.

SIGNORINI, Inês (Org.). (Re)discutir texto, gênero e discurso. São Paulo: Parábola Editorial, 2014.

STAIGER, Emil. Conceitos fundamentais da poética. Rio de Janeiro: Tempo Brasileiro, 1975.

WOOD, James. Como funciona a ficção. São Paulo: Cosac Naify, 2011.

 

4015_ESCRITA CRIATIVA II

Ementa: Continuação dos estudos dos bastidores do processo criativo, a relação do autor com o texto, o conceito de autoria e suas relações com a tramas textuais são objetos desta disciplina. Da mesma forma, continua sendo alvo de análise a dialética entre invenção e tradição, e como isso se dá dentro de um determinado sistema literário. Entrando no campo dos gêneros literários, os elementos da narrativa, de peças teatrais e suas articulações arquitetônicas, a poesia e sua “hesitação” entre som e sentido também são objeto dessa disciplina. Ao final serão feitos exercícios de escrita criativa, com a produção e a análise de textos produzidos pelos alunos.

Bibliografia:

BAKHTIN, Mikhail (V. N. Volochínov). Marxismo e filosofia da linguagem: problemas fundamentais do método sociológico na ciência da linguagem. 11. ed. São Paulo: Hucitec, 2004.

CAMPBELL, Joseph. A jornada do herói. São Paulo: Ágora, 2006.

BAUMGÄRTEL, Stephan. Estratégias de escrita teatral não dramática no contexto contemporâneo: algumas reflexões preliminares. O Teatro Transcende, v. 16, n. 1, p.3-11, 2011.

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FORSTER, Edward Morgan. Aspectos do romance. São Paulo: Globo, 2004.

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REUTER, Yves. Introdução à análise do romance. São Paulo: Martins Fontes, 1995.

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STAIGER, Emil. Conceitos fundamentais da poética. Rio de Janeiro: Tempo Brasileiro, 1975.

WOOD, James. Como funciona a ficção. São Paulo: Cosac Naify, 2011.

 

4016_TÓPICOS DE LEITURA I – Estudo de Teorias e Representações Históricas, Filosóficas e Culturais da modernidade.

 Ementa: A critério do(a) professor(a).

  

4017_TÓPICOS DE LEITURA II – Estudos monográficos de autores nas Américas e na Europa

Ementa: A critério do(a) professor(a).

4018_TÓPICOS DE LEITURA III – Crítica Literária do Século XX.

Ementa: A critério do(a) professor(a).

  

4019_ESTUDO INDEPENDENTE I

Ementa: Solicitação do(a) mestrando(a) ou doutorando(a).

 

4020_ESTUDO INDEPENDENTE II

Ementa: Solicitação do(a) mestrando(a) ou doutorando(a).

A área de concentração – Teoria Literária  –  abriga quatro linhas de pesquisa:
I – Políticas da Subjetividade: abriga estudos relacionados às subjetividades da pós-modernidade, presentes na literatura e em outras expressões culturais.
II – Poéticas do Contemporâneo: abriga estudos relacionados à estética literária e à intertextualidade.
III – Literatura e Intermidialidade: abriga estudos da literatura e outras artes e mídias, tais como cinema, teatro, pintura e música.
IV – Escrita Criativa: aborda criticamente o processo de criação textual, compreendendo os mais diversos gêneros literários (narrativo, lírico, dramático).
DESCRIÇÃO DAS LINHAS DE PESQUISA E RELAÇÃO ENTRE AS LINHAS E AS DISCIPLINAS
I – POLÍTICAS DA SUBJETIVIDADE
Esta linha de pesquisa volta-se aos estudos de cultura, teoria, história e crítica literária com vistas à investigação dos processos de construção da subjetividade nos contextos literário, histórico, político e cultural. Investigação dos processos pelos quais o texto literário articula as relações de poder que dão origem à formação do sujeito romântico, tanto em seu aspecto político, quanto ontológico, ético e epistemológico. Estudos cujo enfoque redunda na produção de saberes capazes de ampliar a compreensão em torno das políticas que foram ou estão sendo empregadas no processo de construção das subjetividades, tanto por meio da individualidade, quanto através da coletividade. Discussão das formas e práticas de construção da subjetividade das minorias nos textos de autores representativos da minoria estudada.
Entende-se aqui a subjetividade romântica como um conjunto de valores identitários representativos da relação de forças no campo artístico, histórico e cultural do período. Os estudos propostos nesta linha pretendem aproveitar a metodologia do pensamento romântico como anotação intermediária, visto que ao centrar a produção do discurso num EU histórico e individualizado, o romantismo, paradoxalmente, multiplica olhares sobre indivíduos.
Por outro lado, as investigações do humano ganham dimensão mais complexa a partir do momento em que é possível questionar a dicção clássica do homem; a experiência surge como errância do sujeito centrado no discurso individualizado, cúmulo de angústias e destinos opacos. Torna-se possível pensar pela lógica da diferença. Diferença de credo, de raça, de forma e de lugar. Dessa forma, as séries se complexificam e operam num meio em que a força dos campos social e político se relativizam radicalmente. Por outro lado, mas em simultaneidade, estudar os processos identitários posteriores ao romantismo significa também acompanhar as linhas de totalitarismo que buscam “estancar” as vozes da diferença no meio social, político e cultural. Trata-se, portanto, de investigar e questionar as dicções do humano que ganham voz e lugar por meio de individualidades que se chocam ou se harmonizam caoticamente numa nova lógica de disputas e acordos nos campos social, político e cultural; trata-se, ainda, de verificar como opera a lógica de estatuir valores nacionais a partir de construções identitárias que tomam por base princípios determinados por forças sociais hegemônicas. Da mesma forma, cabe aqui a investigação da noção de raça ou etnia dentro e fora dos discursos nacionais; ou mais, a questão de gênero, presente na reflexão sobre autoria e identidades sexuais do discurso cultural nos meios social e político.
Neste sentido, o vocábulo “política” é aqui empregado para além de sua acepção tradicional, implicando não só as relações decorrentes do poder de Estado, mas toda e qualquer forma pela qual o poder se manifeste. Nesse sentido, o poder é uma prática social, algo que se exerce. O poder e a política, assim concebidos, dão origem a um duplo paradoxo. Em primeiro lugar, pressupõe-se a existência de sujeitos, de alguém que submeta outrem a seu domínio e outro alguém que se deixe submeter. Contudo, a própria ideia de subjetividade já pressupõe as relações de poder, uma vez que o sujeito só se reconhece a si mesmo na apreensão fenomenológica da existência de um Outro. Em outras palavras, a política pressupõe a subjetividade e, ao mesmo tempo, a subjetividade só se dá como resultado do exercício da política. Em segundo lugar, o modo como o texto literário articula as relações de poder que dão origem à formação do sujeito pressupõe uma referência a uma instância extratextual, o contexto, seja este o do autor, do leitor, dos personagens ou de mais de um destes concomitantemente. A linha de pesquisa Políticas da Subjetividade se define, portanto, como uma investigação acerca do modo como o discurso literário encontra uma solução poética e não necessariamente especulativa aos paradoxos mencionados acima.
Disciplinas relacionadas à linha de pesquisa Políticas da Subjetividade
Disciplinas nucleares ou propedêuticas (4001, 4002, 4003, 4004, 4005)
Código 4006 – Crítica Cultural
Código 4007 – Passagens da Modernidade
Código 4008 – Poéticas e Políticas Afro-Americanas
Código 4010 – Linguagens da Alteridade
Código 4020 – Tópicos de Leitura I
Código 4021 – Tópicos de Leitura II
II – POÉTICAS DO CONTEMPORÂNEO
Eixo de estudos que buscam evidenciar as tensões entre as posturas mais pragmáticas e tradicionais dos estudos literários e a perspectiva mais genérica e inclusiva que tem marcado a atuação teórica contemporânea, sobretudo quando se pensa na diversidade de reciclagens, combinações e recombinações no âmbito dos gêneros textuais e das múltiplas abordagens teóricas. Estudo das poéticas literárias em suas expressões contemporâneas, com ênfase à passagem da modernidade à pós-modernidade e à desconstrução dos discursos de caráter totalizante.
Os termos “moderno” e “pós-moderno” são problemáticos e controvertidos. O significado dos conceitos de modernidade e modernismo depende do contexto em que se originaram e em que são usados. Modernidade implica uma oposição a algo, e particularmente a uma época histórica que tenha passado e sido superada. Nas artes e na literatura, usa-se o vocábulo “modernismo” para nos referirmos ao desenvolvimento de formas de arte mais auto-reflexivas que surgem no final do século XIX. Outrossim, os usos da palavra “pós-modernismo” mostram tamanha diversidade de significados que ela própria contesta a simples definição. O romance pós-moderno, por exemplo, poderia ser descrito como incorporando um experimentalismo à forma narrativa, por intermédio do qual se busca um rejuvenescimento das convenções estabelecidas da própria forma.
Em outras palavras, o pós-modernismo é um discurso estético de vanguarda, que procura superar as limitações das convenções tradicionais ao procurar novas estratégias para descrever e interpretar a experiência. De acordo com Lyotard, o pós-modernismo não deve ser compreendido como uma progressão histórica que sinalize uma partida presente de um modernismo passado. O modernismo é, na verdade, caracterizado como uma resposta a um conjunto de preocupações que já são, elas mesmas, pós-modernas, uma vez que incorpora um forte desejo nostálgico pelo senso perdido de unidade e constrói em seguida uma estética de fragmentação. O pós-modernismo, ao contrário, começa com a falta de unidade mas, ao invés de lamentá-la, celebra-a. Estas discussões são retomadas por outros críticos associados ao pós-modernismo, como Jean Baudrillard, Fredric Jameson, Jacques Derrida, Michel Foucault, Luce Irigaray, entre outros.
Diante do exposto, optou-se pelo uso do termo “contemporâneo” para dar conta da multiplicidade de linguagens, pluralidade de abordagens teóricas e tendências críticas da época atual, uma vez que o texto literário e suas reciclagens artísticas apresentam-se hoje de forma múltipla, instável e complexa, numa variedade infinita de manifestações ainda pouco pesquisadas. Objetiva-se caracterizar os processos de construtividade, visando a problematização das complexas relações de forma e conteúdo em todos os níveis, nos termos das concepções estéticas e das metalinguagens hoje vigentes.
A contemporaneidade se caracteriza pela multiplicidade de linguagens literárias, pluralidade de abordagens teóricas e tendências críticas. A reciclagem artística, ou seja, a apropriação e/ou adaptação de textos, elementos culturais, formas e convenções literárias herdadas, que também se fez presente anteriormente, é uma tendência marcante. A contaminação de gêneros, a permeação de técnicas e recursos literários, os procedimentos paródicos e combinatórios e o dialogismo intertextual tornaram-se, na época de hoje, lugares comuns. Consideramos relevante, portanto, investigar as manifestações literárias que se fizeram necessárias para expressar a realidade em processo e a relatividade de valores de nossos dias, cujo mapeamento servirá para ampliar a discussão em torno da relação forma /conteúdo e constituir-se-á em veículo fecundo para repensar as relações do homem de hoje com o mundo contemporâneo.
Disciplinas relacionadas à linha de pesquisa Poéticas do Contemporâneo
Disciplinas nucleares ou propedêuticas
Código 4011 – Poéticas da Modernidade
Código 4012 – Poéticas da Reciclagem
Código 4013 – Poéticas da Cena Contemporânea
Código 4020 – Tópicos de Leitura I
Código 4021 – Tópicos de Leitura II
Código 4022 – Tópicos de Leitura III
III – LITERATURA E INTERMIDIALIDADE
Esta linha de pesquisa “Literatura e Intermidialidade” pretende debater os conceitos de intermidialidade sob uma perspectiva que vai além de um simples comparativismo, focalizando especialmente o estudo das inter-relações, dos contágios, das imbricações e dos atritos entre a literatura e outras formas de arte/mídia, que, cada vez mais convergem, gerando processos discursivos cada vez mais complexos. Transitando entre a materialidade do texto literário e a semiologia do texto, da imagem e do som, esta linha tem como meta o estudo dos processos de produção de sentido, valendo-se de conceitos como transposição midiática e intermidialidade, tradução ou transposição intersemiótica, adaptação intermidiática, entre outros. Entre seus objetivos, destacamos a análise crítica de obras (contemporâneas ou não), constituídas de textos em diferentes mídias, incluindo produções baseadas na combinação de várias mídias (espetáculos teatrais, óperas, filmes, histórias em quadrinhos, instalações e canções), bem como transposições intermidiáticas (adaptações cinematográficas, romantizações, etc.) e referências intermidiáticas: musicalização da literatura, transposition d’art, ecfrases – representações verbais de textos compostos em signos não verbais –, referências a pinturas em filmes e fotografias, entre outros.
Com enfoque transdisciplinar, esta linha de pesquisa visa a estudar as relações entre a literatura e outras artes e mídias sob o ponto de vista das teorias da Intermidialidade. Como se sabe, os Estudos da Intermidialidade constituem uma resposta à tendência à especialização extrema, que tem impedido uma compreensão mais aberta das profundas interações entre as várias formas de mídias e artes na contemporaneidade. Durante as últimas décadas, estudos sobre a Intermidialidade e a Multimodalidade têm sido estabelecidos em diversas instituições de ensino superior na Europa e na América do Norte. Entretanto, essa abordagem não é inteiramente nova, pois os Estudos da Intermidialidade foram precedidos historicamente por áreas como Estética, Filosofia, Semiótica, Literatura Comparada, Estudos da Mídia e da Comunicação, bem como Estudos Interartes. Na verdade, essa área foi denominada inicialmente “Artes Comparadas”, termo compreensível apenas para aqueles que o associavam ao conceito de Literatura Comparada. Em seguida passou a se chamar “Interarts Studies”, que corresponde a “Estudos Interartes”, em português; porém, nos países de língua alemã, a área sempre teve a denominação de Estudos da Intermidialidade.
Os Estudos da Intermidialidade ampliam o escopo de suas pesquisas ao incorporar o termo “mídias” (e não apenas “artes”): como o conceito de “arte” está associado a certos valores e convenções culturais, o termo “mídia”, com sua ênfase na materialidade dos produtos de uma mídia, tem se mostrado frequentemente mais adequado para a produção cultural desde o início do século XX – sem, no entanto, eliminar um discurso sobre “arte” em determinados contextos. Em suma, podemos definir a Intermidialidade basicamente como o estudo da cooperação e colaboração entre as mídias e as formas de arte, isto é, dos fenômenos que ocorrem entre as mídias. Assim, esse tipo de pesquisa trata de produtos culturais marcados pela ausência de limites entre uma arte/mídia e outra, consciente de que não há formas artísticas/midiáticas “puras”, já que todos os tipos de mídia e de arte estão relacionados de várias maneiras.
Esta linha de pesquisa se propõe a funcionar como uma rede, na qual os pesquisadores envolvidos podem realizar um amplo debate sobre a pertinência do conceito de intermidialidade como um operador de leitura de textos (no sentido amplo deste termo), além de promover pesquisas sobre produtos culturais/artísticos caracterizados pelo cruzamento de artes e mídias.
Disciplinas relacionadas à linha de pesquisa Literatura e Intermidialidade
Disciplinas nucleares ou propedêuticas
Código 4014 – Imagem e Literatura
Código 4015 – Estudos de Intermidialidade
Código 4016 – Literatura e Tecnologia digital
Código 4020 – Tópicos de Leitura I
Código 4022 – Tópicos de Leitura III
IV – ESCRITA CRIATIVA
Esta linha de pesquisa foi implantada considerando-se a vocação do programa para tratar da prática da escrita e de seus processos criativos. Tal vocação emergiu da presença, dentre o corpo docente do Doutorado, de professores escritores bastante representativos no meio literário regional e nacional. São eles: Edson Ribeiro da Silva, Marcelo Alcaraz, Otto Leopold Winck, Paulo Sandrini e Sigrid Renaux. Esta linha considera que os estudos literários, corretamente compreendidos, não se resumem ao estudo do texto enquanto entidade textual autônoma, tampouco à análise das condições de sua produção – isto é, ao contexto, aquilo que está no “entorno” do texto – ou à história de suas múltiplas e sucessivas recepções.
Recentemente desenvolveu-se um campo de estudos teóricos e práticos em que o texto literário é analisado enquanto processo de criação na sua interação ambivalente com as artes e os processos humanos mais amplos. Nesse sentido, pretende-se lançar um olhar sobre os bastidores, por assim dizer, do processo criativo, libertando-o na medida do possível das concepções românticas que ainda o envolvem. Desde Edgar Alan Poe que os autores mostram que o processo criativo não depende unicamente daquilo que é chamado de inspiração, mas também de um trabalho consciente de organização de ideias e palavras, baseado em técnicas e teorias e considerando as mais diversas instâncias do sistema literário.
O processo criativo em si é, atualmente, tema abordado a partir de diversas concepções, desde a crítica genética até a semiótica. Tal processo pode constituir ele mesmo uma tomada de posição do escritor e do artista, contribuindo para a discussão do aspecto ideológico da literatura. A relação do autor com o texto, o conceito de autoria e suas relações com a tramas textuais, os diferentes processos criativos e suas teorias de base, a articulação entre criação consciente e inspiração são alguns dos objetos desta linha de pesquisa. Da mesma forma, é alvo de análise a dialética entre invenção e tradição, e como isso se dá dentro de um determinado sistema literário, com seus mais variados vínculos e diálogos com o campo do extraliterário. Entrando no complexo universo dos gêneros literários, os elementos da narrativa e suas articulações arquitetônicas, a poesia e sua “hesitação” entre som e sentido também são alvo dos estudos aqui desenvolvidos. Mas como essa linha de pesquisa desborda da teoria para a prática, exercícios de escrita criativa serão basilares nesse processo, com a produção e a análise de diversos textos narrativos, poéticos e dramáticos, entre outros.
Não se pode deixar de considerar também os fenômenos mais recentes de escrita colaborativa e sincrônica, típica das plataformas digitais, e sua inserção no sistema da literatura, as implicações no processo criativo literário, a problematização da relação entre autor e leitor e, por que não, os efeitos desta prática na circulação e recepção da obra literária. Enfim, como o processo criativo está no centro do campo discursivo que se denomina “literatura”, é na presente linha de pesquisa que ele receberá em nosso programa toda a atenção analítica e prática.
Disciplinas relacionadas à linha de pesquisa Escrita Criativa
Disciplinas nucleares ou propedêuticas
Código 4017 – Escritas de si – Autoficção
Código 4018 – Escrita Criativa I
Código 4019 – Escrita Criativa II
Código 4020 – Tópicos de Leitura I
Código 4021 – Tópicos de Leitura II

Não vá ainda! 😀

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